quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Anjo em Exílio



O que se pode dizer de mim?
Imortal e cheio de amor,
nenhuma morte.
Para conhecer a morte,
eu sinto que deveria viver

Que nome diz respeito
ao vazio que suporta a existência
de uma luz sem sombra?
Pois me definiria.
Tenho medo de nada,
anseio por algo,
diminuindo,
como a compaixão das pessoas,
ser um povo assim como um indivíduo

Como não amar?
Eu sou o executor
mas eu não conheço o mal,
muito menos o amor.
Eu voo este céu
num piscar de olhos mel
que rasgam com a mera sugestão,
meu desejo, tentação.

Eu preferia estar no exílio,
cheio de amor
em espumas sinistras dos mortais,
lançadas por figuras sombrias
para que eu possa emergir do sofrimento
e devastar tudo o que
eu estava programado para ser.
Me tornar uma luz brilhante...
e livre.

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