quarta-feira, 11 de junho de 2014

Preto




Nós tocamos as paredes de uma das ruas da cidade, e
não explicamos
infelizmente mostramos nossa mania
de nunca perguntar por que

abatida
foi enviada do céu, e
para a igreja, sem nenhuma intenção de se arrepender
de joelhos, só para chorar

até você viajar para aquele lugar ao qual não se pode voltar
aonde a última dor se foi e tudo o que resta é preto

noites brilhantes deixam de vir para mim, e
algum dia
elas vão punir meus atos, e elas vão encontrar
todos os crimes
mas então, elas perguntam quando irão vê-los
em seguida elas vão
pedir para sentir os fantasmas, as paredes, os sonhos
ah, eu tenho os meus

finalmente quem viria, veio
e nunca olharam para trás
com estrelas ofuscantes em seus olhos, mas tudo o que viram foi preto

enganei-as, na esperança de parecer
o cavaleiro que triunfa sobre o mal,
mas o produto da cobiça, e
agora não uso uma máscara, portando seja honesta comigo
elas não podem se dar ao luxo de ignorar que sou uma doença

práticos, uma vez que tínhamos de ser, e
quando ficaram mais velhas, vieram de volta pra mim
e elas tentaram, ah elas tentaram
e quando você seguir adiante e acabar deitada de costas
olhando para estrela nenhuma no céu, aquelas nuvens brancas se tornam
preto.